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Cartas

abertas

ao

prefeito

Edivaldo

Júnior

e aos

secretários

Moacir

Feitosa e

Delcio

Rodrigues.

Carta 1 - 13-11-2018

AUTORES DESRESPEITADOS

Senhor prefeito de São Luís, Senhor secretário municipal Moacir Feitosa, Senhor secretário municipal Delcio Rodrigues.

Somos um grupo de 76 autores maranhenses, e tivemos a honra de sermos convidados para disponibilizar nossas obras literárias no grandioso projeto das Girotecas, que foram adquiridas pela administração municipal via Secretaria de Educação.

Disponibilizamos nossas obras em consignação, aos senhores Kléber e Milton, por acreditarmos no projeto e na lisura que, parecia-nos, permeia a administração da Prefeitura de São Luís. 

Nosso grupo é formado por professores, educadores, juízes, desembargadores, comunicadores, jornalistas, profissionais liberais e artistas da pena, portanto, por conta de nossas atividades profissionais e a credibilidade que cultivamos perante a opinião pública de nosso estado, acreditamos fazer jus ao convite recebido.

No entanto, além da satisfação pessoal de contribuir para a educação das novas gerações, apraz-nos a compensação financeira, nessa tão árdua seara, que é a produção literária no Brasil, em que temos de dispor com nossos próprios recursos financeiros para concretizar nossa produção intelectual.

Nossos livros foram disponibilizados no início do ano, e recebemos a notícia de que as dez girotecas foram entregues à Secretaria de Educação no mês de julho, e que as quitações financeiras seriam iminentes.

Qual não foi nossa surpresa (e desapontamento) quando soubemos da recusa da prefeitura em efetuar os devidos pagamentos aos nossos consignatários!!!

Senhor prefeito e senhores secretários, ao descumprir o acordo financeiro com os senhores Kléber e Milton, vocês (desculpem-nos por não os tratarmos agora por Excelências) estão engabelando a nós 76 por tabela.

Já são quatro meses de tentativas de recebimento dos valores contratados, de idas e vindas de Milton e Kléber aos diversos órgãos que compõem o complexo sistema de pagamento das contas da Prefeitura. Além disso, somem-se os numerosos esclarecimentos que eles têm nos dado durante esses 120 dias, uma vez que estamos todos na expectativa de receber.

Na última semana, depois que o desabafo de um de nós viralizou nas redes sociais, soubemos que houve um gesto de boa vontade (paradoxal, não é?, chamar de boa vontade o cumprimento de uma obrigação financeira) no sentido de pagar uma das cinco parcelas em que foi faturado o projeto. 

Senhores, nós não disponibilizamos 20% dos livros a nós solicitados. Os carpinteiros do projeto não confeccionaram somente duas das dez girotecas contratadas. Nem foi de 20% o total de livros e equipamentos que compunha cada giroteca.

E agora, hipocritamente, a Prefeitura anuncia a 12ª Feira do Livro, na tentativa de mostrar ao público o fomento à atividade literária. NÃO SE INCENTIVA A LITERATURA EM DETRIMENTO DO AUTOR LITERÁRIO. Um evento de referência nacional não mereceria manifestações que afetassem justamente seus responsáveis, manifestações essas que estamos planejando para ocorrerem durante o evento.

Portanto, senhores prefeito e secretários, diante do escárnio com que vocês (depois a gente trata sobre essa questão da "Excelência") vêm tratando um projeto tão importante, que, inclusive, foi colocado pelo Sr. Edivaldo Júnior em sua página pessoal na internet como um marco para a educação de nossa cidade, e em solidariedade aos idealizadores do projeto, acertamos receber os valores devidos a cada um de nós 76 somente com o pagamento da quinta parcela pela Prefeitura de São Luís.

Esta é a primeira de cinco Cartas Abertas que já temos em mente, além de manifestações agendadas nas redes sociais, nos blogs e nos órgãos de comunicação não controlados pelo PDT. 

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